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Na manhã desta quarta-feira (9), feriado em comemoração aos 171 anos de Joinville, o prefeito Adriano Silva, a vice-prefeita Rejane Gambin e o governador Carlos Moisés da Silva, acompanhados de secretários, vereadores e demais autoridades participaram da tradicional Homenagem ao Imigrante.
A cerimônia ocorreu no Cemitério do Imigrante e reuniu descendentes de imigrantes que colonizaram Joinville. Este ano, o homenageado foi Félix Heizelmann, que durante o evento foi representado pelo bisneto Ernesto Heizelmann e demais familiares.
"Eu me sinto muito honrado porque essa homenagem é muito importante para a família toda, Félix Heizelmann deixou marcas importantes em Joinville, apesar de ter morrido muito jovem. Foi com ele que tudo começou e a família Heizelmann acabou crescendo. Nós vamos manter a tradição da família, recentemente o túmulo do Félix foi restaurado por uma profissional e temos uma escritora escrevendo a história da família no Brasil", conta Ernesto, de 68 anos.
Para o Prefeito Adriano Silva, fazer a homenagem ao imigrante é manter a história viva. Além disso, ter profissionais altamente capacitados contribui para o desenvolvimento da cultura.
"Realmente este cemitério é um grande parque, um local que merece ser contemplado, visto e aproveitado pelo joinvilense. Queremos torná-lo cada vez mais atrativo, inclusive para as novas gerações. Para que os mais jovens também se sintam integrados a essa história", declarou Adriano.
Opinião reafirmada pelo governador Carlos Moisés da Silva. "Este é um lugar de paz e tranquilidade, é importante que as pessoas visitem e conheçam a história", declarou o governador logo após a visita ao túmulo de Félix Heizelmann.
Em nome da Sociedade Cultural Alemã de Joinville, Carlos Adauto Virmond Vieira, que é presidente de honra da instituição, relembrou e destacou a importância da preservação do espaço e fez uma reflexão sobre quem eram os imigrantes que vieram para Joinville no início da colonização.
"Temos que lembrar que os imigrantes eram, na maioria, refugiados, assim como o que vemos hoje na Ucrânia. A crise econômica fez com que eles viessem para cá. Hoje, nossa cidade é espetacular, fruto do que eles construíram", declarou Virmond.
Ao final do evento, uma coroa de flores foi colocada no túmulo de Félix Heizelmann. A reverência se estende a todos cujas memórias estão preservadas no Cemitério do Imigrante e nos demais cemitérios da cidade.
Conheça a história de Félix Heizelmann
Félix Heizelmann nasceu em 24 de janeiro de 1860, no Sul da Alemanha, e faleceu em Joinville, em 4 de agosto de 1898. Félix, que era militar e agrônomo, viveu em Joinville desde 1888.
Atuou como professor na escola alemã, hoje Colégio Bom Jesus. Em 1893, assumiu o comando do Corpo de Bombeiros Voluntários de Joinville, sendo seu segundo comandante e o responsável pelos primeiros exercícios com cinto e capacete da corporação recém-fundada.
Sua liderança transformou os Bombeiros de Joinville em uma instituição de inigualável valor, gerando sentimento de segurança e de uma força de proteção organizada sob o lema "Por Deus e pelo próximo".
Nos acontecimentos da revolução federalista, em 1893, foi ele quem coibiu a entrada dos revoltosos na cidade e comandou o patrulhamento dos limites do município. Sua destacada atuação lhe rendeu a patente de Capitão da Guarda Nacional, integrando o 1º Regimento de Cavalaria da Guarda Nacional em Joinville.
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